Ano Paulino: hino ao amor – Carmen Sílvia Galvão

Ano Paulino: hino ao amor

Um dos mais belos textos do Novo Testamento, junto, quem sabe, com as Bem-aventuranças, o diálogo com a mulher samaritana, a volta do “filho pródigo”, o milagre de Caná e o discurso sobre o “pão da vida” é, sem dúvidas, o conhecido “Hino ao Amor” de São Paulo, encontrado no capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios. No período 2008-2009 os católicos homenageiam São Paulo, na comemoração de seus 2000 anos de nascimento.

Nesse expressivo texto, escrito em grego, por volta do ano 55 de nossa era, o apóstolo dos gentios proclama a super-veniência do amor sobre os demais dons, carismas e virtudes humanas. A comunidade cristã estava se dividindo, aderindo aos costumes dos pagãos, derivando para a licenciosidade e materialismo daquelas metrópoles helênicas, fugindo do espírito de amor, paz, solidariedade e pureza que deveria nortear os seguidores do Ressuscitado.

O primeiro objetivo de Paulo na carta é restabelecer a unidade entre os cristãos, uma vez que a divisão não é obra do Espírito, mas mera tentação da carne. Para concluir o assunto, o apóstolo discorre sobre os dons de Deus (Cap. 12), como preparação para o comentário posterior, onde aborda o “dom maior”: o amor (Cap. 13).

Uma das palavras mais pronunciadas por nossos lábios é amor. Hoje declaramos nosso amor por tudo e por todos. Será que amamos na mesma proporção em que mencionamos esse verbete? Hoje se usa a palavra amor e o verbo amar para muitas circunstâncias, que nem sempre indicam aquele sentimento profundo e transformador que caracteriza o sentimento verdadeiro. Em um tempo tão carente de afeto, entristece a todos a verificação de que muitos falam em amor, mas não sabem amar. Apesar das inúmeras formas de se abordar o tema, o amor continua sendo uma questão de infinita busca pessoal. Por causa do materialismo, do egoísmo de muitos e da busca indiscriminada do prazer, amar continua sendo um desafio para a vida em sociedade.

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Descrição

Ano Paulino: hino ao amor

Um dos mais belos textos do Novo Testamento, junto, quem sabe, com as Bem-aventuranças, o diálogo com a mulher samaritana, a volta do “filho pródigo”, o milagre de Caná e o discurso sobre o “pão da vida” é, sem dúvidas, o conhecido “Hino ao Amor” de São Paulo, encontrado no capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios. No período 2008-2009 os católicos homenageiam São Paulo, na comemoração de seus 2000 anos de nascimento.

Nesse expressivo texto, escrito em grego, por volta do ano 55 de nossa era, o apóstolo dos gentios proclama a superveniência do amor sobre os demais dons, carismas e virtudes humanas. A comunidade cristã estava se dividindo, aderindo aos costumes dos pagãos, derivando para a licenciosidade e materialismo daquelas metrópoles helênicas, fugindo do espírito de amor, paz, solidariedade e pureza que deveria nortear os seguidores do Ressuscitado.

O primeiro objetivo de Paulo na carta é restabelecer a unidade entre os cristãos, uma vez que a divisão não é obra do Espírito, mas mera tentação da carne. Para concluir o assunto, o apóstolo discorre sobre os dons de Deus (Cap. 12), como preparação para o comentário posterior, onde aborda o “dom maior”: o amor (Cap. 13).

Uma das palavras mais pronunciadas por nossos lábios é amor. Hoje declaramos nosso amor por tudo e por todos. Será que amamos na mesma proporção em que mencionamos esse verbete? Hoje se usa a palavra amor e o verbo amar para muitas circunstâncias, que nem sempre indicam aquele sentimento profundo e transformador que caracteriza o sentimento verdadeiro. Em um tempo tão carente de afeto, entristece a todos a verificação de que muitos falam em amor, mas não sabem amar. Apesar das inúmeras formas de se abordar o tema, o amor continua sendo uma questão de infinita busca pessoal. Por causa do materialismo, do egoísmo de muitos e da busca indiscriminada do prazer, amar continua sendo um desafio para a vida em sociedade.